voltar

Notícias

Motor

Fique por dentro! Aditivação avulsa do combustível pode ser perigosa para o motor

Publicado em 13/08/2021 por Marcellus Leitão

A novidade na adulteração de combustíveis, que, diga-se de passagem, já recebem muito lixo, como solvente de borracha, por exemplo, é o óxido de ferro. Agindo como uma espécie de “aditivo”, tal substância provoca uma pequena elevação da octanagem de gasolinas de procedência duvidosa e de baixa qualidade. A substância milagrosa, no entanto, é proibida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Motivos não faltam para a proibição. Utilizado ilegalmente para aumentar a octanagem do combustível, o óxido de ferro, quando consumido no motor do veículo, provoca perda da isolação elétrica da vela, com consequente elevação da temperatura de queima, provocando o derretimento dos seus polos.

Essa equação indesejável leva a mais consumo e à necessidade de substituição da peça, lesando não só o consumidor, como também os postos que trabalham dentro das normas. E é justamente por isso que o Combustível Legal defende penas mais rígidas para as empresas que lesam a concorrência mediante adulteração de combustíveis.

Fuja de qualquer tipo de aditivação irregular

Como sempre, algumas economias se mostram equivocadas, por isso, procure postos de confiança, que vendem combustíveis sérios e com a aditivação testada em laboratórios, com resultados comprovados na preservação de motores. Ao contrário da adulteração, que visa ao lucro ilegal, a aditivação, quando realizada dentro dos padrões estabelecidos por órgãos competentes, otimiza a queima da mistura ar-combustível, com doações de detergentes e dispersantes para manter o propulsor em condições ótimas de uso.

O engenheiro Gilberto Pose, Coordenador Técnico de Combustíveis da Raízen / Shell, esclarece que a gasolina aditivada corretamente pelas distribuidoras acrescenta ao combustível, seja gasolina, etanol, ou diesel, um composto químico que remove depósitos do sistema de alimentação e injeção. Esses depósitos têm origem no ciclo do lubrificante dentro do motor. Ao passar pelas válvulas de admissão, o óleo pode depositar alguns compostos pesados, de difícil evaporação, que se acumulam em suas hastes.

Esses vapores não vão para a atmosfera, devido às normas antiemissões, e assim voltam para o coletor de admissão. Neste ciclo, começam a formar depósitos de resíduos. A aditivação atua justamente limpando as peças destes depósitos em válvulas, bicos injetores e até nos carburadores dos carros mais antigos. Pose esclarece que ao receber os aditivos, os motores ficam mais limpos e funcionam melhor, com menor consumo.

Desde os últimos anos da década de 1980, os aditivos começaram a chegar como uma necessidade das novas tecnologias de motores. Antes, só havia aqueles frascos em postos de combustível, que prometiam inúmeros resultados. Funcionavam na manutenção e limpeza dos carros a carburador. Com a tecnologia de injeção, que tem folgas micrométricas, foram desenvolvidos os aditivos de segunda geração. Com o passo das tecnologias da injeção multiponto, outro salto diante das novas exigências.

Segundo o engenheiro, a grande diferença entre os aditivos próprios, das tradicionais distribuidoras de combustíveis, e aqueles independentes, vendidos no comércio, é a pesquisa local. A marca afere constantemente a gasolina vendida de Norte a Sul do Brasil e desenvolve seus aditivos com foco no funcionamento dos motores em qualquer ponto do país.

Devo usar gasolina de maior octanagem? Depende…

E a octanagem? Responsável pelo melhor desempenho de motores de carros importados, as gasolinas de octanagem maior podem ter como origem a refinaria, ou por meio de aditivação. Gilberto Pose esclarece que, como a maioria dos motores para o mercado nacional é feita para a gasolina standard, sem elevação de octanagem, é inútil comprar esta gasolina se seu carro não for um Porsche, BMW, ou Ferrari, por exemplo.

Pose acrescenta que os aditivos originais das distribuidoras não revertem, entretanto, os efeitos da adulteração de combustíveis. Os projetos de filtros, injetores e demais componentes são feitos para resistir à agressividade do combustível original. Quando a gasolina é adulterada com solventes, componentes como bombas, vedações e borrachas sofrem danos físicos sérios e apresentam defeitos.

A maneira de evitar isso é procurar postos de sua confiança.

No vídeo abaixo, eu mostro os prejuízos que um combustível adulterado provoca no veículo. Confira!

Até a próxima!

Marcellus Leitão é jornalista especializado em automóveis, já tendo passado por importantes veículos da imprensa nacional.

Leia também:

Gostou dessa notícia? Compartilhe!

Últimas notícias

Fique por dentro do setor

Inscreva-se na nossa newsletter e receba notícias e conteúdos exclusivos mensalmente.


*As informações cadastradas por este formulário são para uso exclusivo do Instituto Combustível Legal (ICL). Com essas informações podemos oferecer um conteúdo mais adequado a seu perfil.